Uma proporção visivelmente maior de mulheres do que de homens gostaria de trabalhar, mas não tem emprego, uma disparidade global que quase não mudou em um novo índice datado de 2005.

Um novo indicador desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Jobs Gap, capta todas as pessoas sem emprego que estão interessadas em encontrar um emprego. Ele pinta um quadro muito mais sombrio da situação das mulheres no mundo do trabalho do que a taxa de desemprego mais comumente usada. Os novos dados mostram que as mulheres ainda têm muito mais dificuldade em encontrar um emprego do que os homens.

A chamada diferença de gênero revelada pelo medidor mostra 15% das mulheres em idade de trabalhar nessa categoria, em comparação com 10,5% dos homens, de acordo com um relatório da OIT publicado na segunda-feira.

O déficit deixa um efeito ainda mais exagerado nos salários: as mulheres ganham apenas 51 centavos para cada dólar de renda do trabalho gerado pelos homens, escreveram os pesquisadores de Genebra no estudo. Essa disparidade é pior nos países mais pobres, caindo para 29 centavos na categoria de renda média-baixa. A contagem nas nações mais ricas é de 58 centavos por dólar ganho pelos homens.

Ele apontou que as responsabilidades pessoais e familiares, incluindo o trabalho de cuidado não remunerado, afetam desproporcionalmente as mulheres.

Tais atividades, disse, muitas vezes não apenas impedem as mulheres de trabalhar, mas também de procurar ativamente emprego ou estar disponíveis para trabalhar em curto prazo, que são critérios para serem consideradas desempregadas.

A análise revela diferenças que são mascaradas por medidas convencionais de desemprego, que normalmente incluem apenas pessoas que procuraram trabalho recentemente e com disponibilidade para ocupar um emprego. Essa categorização exclui muitas mulheres desproporcionalmente sobrecarregadas por trabalhos de cuidado não remunerados, por exemplo, para crianças.

“Os desequilíbrios de gênero no acesso ao emprego e nas condições de trabalho são maiores do que se pensava anteriormente, e o progresso para reduzi-los tem sido decepcionantemente lento nas últimas duas décadas”, afirmou a OIT em comunicado à imprensa. “Os novos dados mostram que as mulheres ainda têm muito mais dificuldade em encontrar um emprego do que os homens.”

As novas estimativas destacam a magnitude das disparidades de gênero nos mercados de trabalho, ressaltando a importância de melhorar a participação geral das mulheres no emprego, expandir seu acesso ao emprego em todas as ocupações e abordar as lacunas gritantes na qualidade do emprego que as mulheres enfrentam.

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